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Em mais uma ação que visa aumentar sustentabilidade ecológica, a Rambo Aviação Agrícola, empresa especializada na aplicação de defensivos agrícolas com sede em Primavera do Leste-MT, concluiu a instalação de sua usina fotovoltaica. O sistema foi instalado no hangar de sua sede, localizada no aeroporto da cidade, e já está em operação. 

As 118 placas vão gerar 6100 kwh por mês captando energia do sol. Segundo estudo da ABESCO -  Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia, essa quantidade de kilowatts gerada pode reduzir, anualmente, em até 44 toneladas a emissão de gases de efeito estufa. Em 25 anos, tempo da expectativa de vida do sistema instalado, a projeção é de um montante de 1100 toneladas.

“A sociedade tem costume de nos demonizar, de colocar toda a aviação agrícola como os vilões da natureza, mas nós aqui sempre temos a iniciativa de seguir as melhores recomendações, tanto em nossa operação diária aeronáutica, voltada ao agronegócio, como em ítens acessórios como estes. É uma política da empresa”, afirma William Rambo, diretor.

Antes de instalar o sistema, houve um estudo prévio de viabilidade econômica, hoje um dos principais motivos para gerar a própria energia. Os engenheiros responsáveis pela construção da sede também foram acionados para que pudessem fazer os cálculos estruturais. “Cada placa pesa 25kg. No total são mais de duas toneladas e isso precisou ser estudado”, afirma Ricardo Robtshe, da Metrópole Solar, a empresa que instalou o sistema fotovoltaico.

Cinturão solar
Primavera do Leste fica localizada no “cinturão solar”, região que envolve desde o norte do Estado de São Paulo, boa parte da região central e do nordeste do Brasil. Nestas regiões, a eficiência das placas fotovoltaicas são mais altas, trazendo um retorno financeiro em menor prazo. Além disso, o projeto identificou outras vantagens. "A orientação do hangar deles ajudou, a orientação norte, que é o ideal para geração de energia”, afirma Robtshe.

Sistema integrado
O projeto, que usa tecnologia alemã, foi homologado pelas autoridades competentes e na Energisa, companhia reguladora do estado de Mato Grosso. O sistema é integrado com a rede de energia tradicional e faz compensação. Ou seja, ele capta mais energia que o necessário para o próprio hangar e joga o excedente na linha de transmissão. O sistema assim também já compensa a energia elétrica que será gasta na nova unidade da Rambo Aviação Agrícola, atualmente em fase de construção, em Confresa, cidade mais ao norte do estado.

Economia no longo prazo
A expectativa é que o retorno do investimento aconteça em três anos. De qualquer modo, ainda existirão alguns custos a rede pública de energia, fornecida pela Energisa. “A conta cai muito, mas não zera, ainda pagaremos o referente à iluminação pública, que é dividida entre todos os usuários de energia elétrica do estado, mas a economia ecológica, em CO2, acontece desde já”, afirma William.

COP21
Desde 2015, o Brasil é signatário da COP21 - Conferência do Clima, organizada pela ONU, e se comprometeu a reduzir em 37% as emissões de gases que causam o efeito estufa no planeta até 2025, comparado com 2005. “É uma pequena parte a nossa, mas estamos contribuindo. É importante que o mundo saiba que há boa vontade de brasileiros em cumprir essas metas. Imensa parte de nossos produtos agrícolas são para exportação, e isso sustenta economia nacional. Alem de tudo, é uma propaganda nossa”, diz William.